A maior pesquisa de opinião pública, com 1,2 milhão de entrevistados em 50 países, cobrindo 56% da população mundial, sobre mudanças climáticas já feita revelou que 30% da população entrevistada apoia a dieta plant-based como uma política climática. O People’s Climate Vote da ONU em conjunto com a Universidade de Oxford e várias ONGs tinha, em princípio, o objetivo de educar as pessoas sobre o tema das mudanças climáticas e suas possíveis soluções, simultaneamente, para pesquisar na população mundial as ações que realiza com base na preocupação sobre esse tema.
Apenas 30% Apesar de parecer um bom número, a solução que mexe no prato parece não ser a preferida. A promoção de dietas plant-based foi a mais baixa de todas as 18 políticas, com apenas 30% das pessoas pesquisadas endossando a mudança. O sistema alimentar, ou seja, o que comemos, como cultivamos e colocamos em nossas mãos e o que vai para a lixeira é responsável por um terço das emissões globais de gases de efeito estufa, sendo assim o problema vai além da pecuária para incluir todas as atividades que orbitam a culinária. Em 2019, um relatório do IPCC sobre a relação entre o uso da terra e as mudanças climáticas, pediu uma revisão dos hábitos alimentares para salvar o planeta e aliviar a pressão sobre os recursos naturais. Os 107 cientistas que prepararam o relatório concordaram que uma mudança para alimentação plant-based, bem como carne de origem sustentável, é uma grande oportunidade para enfrentar a mudança climática.
O número tende a aumentar De fato, os consumidores estão se tornando mais atentos ao que colocam em seu prato. Desse modo, muitos estão reduzindo a ingestão de carne em meio a um crescimento explosivo de alternativas quase indistinguíveis do produto de origem animal.
O que explica essa falta de entusiasmo entre os entrevistados por mais vegetais da dieta? Os pesquisadores do PNUD, relataram que em alguns países, existem poucas opções baseadas em plantas. Já em outros, pode não haver ainda uma consciência significativa sobre essas opções. Em outros, a dieta é mais uma escolha pessoal do que algo que pode ter impacto político.
Consciência e informação Um estudo de 2020 da Universidade de Yale que analisou a percepção das dietas vegetais entre os americanos. Os pesquisadores descobriram que cerca de metade dos entrevistados expressaram vontade de dar uma chance às opções plant-based se tivessem mais informações sobre o impacto ambiental de diferentes produtos e/ou alimentos.O aumento do conhecimento pode ajudar os consumidores a adicionar mais vegetais, frutas e legumes aos seus carrinhos. Assim como, encarar a dieta plant-based com política climática. Mas, as escolhas alimentares são uma questão complexa em que cultura, hábito, gosto pessoal, orçamento e emoções interagem uns com os outros no supermercado e na cozinha. Uma meta-análise de 101 fontes da literatura feita no ano passado examinou benefícios e obstáculos da conversão para uma dieta totalmente vegetal. O estudo descobriu que há resistência das pessoas em exclusão total da carne.
Fonte: Vegan Business
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